quarta-feira, 13 de julho de 2011
Desconexo
A lhama foi uma boa professora e ensinou as cabras a lição, entretanto, a Turquia se sentiu ofendida pelo latir das cabra de Gabriela começando um conflito sangrento e cheio de graxa. Rinocerontes ciborgues atacavam sem dó o sitio-militar onde morava a garota dona do pé de cabras que latia, a lhama foi brutalmente assassinada por coroas de dendê. Não havia mais esperanças, mas foi ai que surgiu Gruntus, o gigante da Malásia e amassou todos os rinocerontes ciborgues e para a felicidade da Turquia e infelicidade de Gabriela, Gruntus mascou o pé de cabras e cuspiu no Uzbequistão.
Se passaram vários anos desde o conflito armado, e o Uzbequistão se tornou o país mais rico da América Latina, Gabriela se casou com Sipo, o curupira malandro, e a Turquia virou a fossa de Gruntus.
terça-feira, 5 de julho de 2011
Consequências de Prometeu
terça-feira, 7 de junho de 2011
[biografia] - Frenesi
domingo, 29 de maio de 2011
Longa Vida
sexta-feira, 27 de maio de 2011
[Biografia] - Brás Cubas
- O senhor está bem? – perguntou o jovem estudante ao ver o velho chegar pálido na sala.
- Estou ótimo – havia um tom de dúvida em sua voz, a ponta de seus dedos cálidos e enrugados tocavam sua boca de forma sutil, sua expressão era de quem estava longe, em um profundo devaneio. De repente, como se toda a realidade tivesse voltado a tona, ele fitou o rapaz e disse – Vamos começar?
O jovem, receoso, voltou a falar:
- Pode começar a falar de sua vida inteira, tudo o que quiser falar por favor o faço, ai depois aplico meus estudos em cima das suas declarações.
- Tudo bem – disse o velho – Mas farei como Brás Cubas, e iniciarei do final. Infelizmente no meu caso tais memórias não serão póstumas, mas como ele não tenho medo de falar. O início é o final ainda não concluído! Eu um velho com seus noventa e tantos anos, fazendo a pesquisa de campo para meu, o que acredito ser, último romance. Romance no qual estive entretido desde a morte de meu parceiro, o romance preenche o vazio dentro de mim depois de sua partida, esse romance é complexo, confuso, apaixonado e bipolar assim como ele era, o romance é a alma dele, a alma que eu conheci e convive por quase sessenta anos – uma pausa, o velho caminhou até a cozinha e voltou com dois copos e uma garrafa d’água, se serviu e tomou um gole de água – Ele morreu a onze anos, ataque cardíaco, ele era a última pessoa que eu amava que restou e ele se foi, ele me prometeu nunca partir, mas mesmo assim ele se foi – o velho continuou detalhando o que acontecera naquela fatídica manhã - Naquela manhã de verão o sol brilhava forte, a temperatura estava um pouco acima do normal para a época, eu acordei antes, como dificilmente acontecia, fiz o café da manhã e fui chamá-lo. Apesar dos anos de convivência o amor e o respeito não tinham se extinguido com o tempo, nossas brigas em geral, eram causadas por ciúmes. Quando preparei a mesa, fui chamar-lo, meu velhinho, mas ele não acordou, sua pele estava fria como mármore, nem aquela manhã quente foi capaz aquecer aquele corpo frio e branco. Porém, eu fui mais frio, e tive que deixá-lo para chamar a alguém para tirá-lo. As lembranças dele ainda estão muito vivas em minha memória e neste apartamento.
O jovem estudante fitava o velho, que agora, calado, olhava para seus pés, a tristeza era clara, mas ele precisava compartilhá-la, sempre gostara de compartilhar seus sentimentos, mas com a perda de seu parceiro guardava tudo aquilo consigo, não havia com quem dividir.
- Aquele velho gaga roubou minha juventude! – disse o velho do sorrindo, mas com os olhos lacrimejados – Olha só pra minha cara e veja como ele me deixou!
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Foi apenas um sonho
- Hoje meu dia foi cheio.
Essas foram as palavras da garota à irmã ao chegar da faculdade jogando suas coisas na cama ao lado, as duas compartilhavam daquele sentimento de cumplicidade desde a infância, não existia nem mesmo um segredo sórdido entra as duas. Ar irmãs, Regina e Gabriela, dividiam o mesmo quarto, desde a infância, e mesmo agora que já haviam passado da puberdade, agora que já eram mulheres o quarto ainda era compartilhado, assim como seus segredos e planos.
- Ai Re eu to quebrada, aquela aula maldita hoje acabou com que restava de bom humor em mim, meu chefe não largou do meu pé um minuto, to quase pra pedir as contas...
- Calma, você tá estressada, descansa, vai tomar um banho e depois dorme que amanhã você estará novinha em folha.
- Banho? Nesse frio? Ta louca bem?
- Deixa de ser porca...
- Daqui a pouco eu vou, me conta o que aconteceu na novela hoje.
A conversa se estendeu por quase uma hora, os assuntos abordados variavam de forma colossal, o som da televisão alta fundia-se a conversa das meninas,mas elas não se perdiam, estavam acostumadas e o silêncio naquele recinto demoraria a reinar. Gabriela resolve tomar seu banho enquanto Regina prepara o quarto para as duas dormirem. Regina já está deitada quando Gabriela chega do banho, com uma toalha na cabeça, elas conversam mais um pouco, uma conversa curta, só enquanto Gabriela se ajeita, em seguida vem a escuridão seguido por Morfeu.
Eram duas da manhã quando Regina acordou no meio da noite, ela precisava usar o banheiro, porém notou que sua irmã não estava no quarto, deduziu então que ela estaria no banheiro, então esperou deitada em sua cama o regresso da irmã, passou-se vários minutos e nada da garota retornar, decidiu ir até o banheiro e bater na porta, e se sua irmã estivesse passando mal? Bateu a porta e nada, abriu a porta e se deparou apenas com a escuridão sepulcral, como seu aperto era grande decidiu fazer suas necessidades antes de procurar o paradeiro da irmã e em menos de cinco minutos estava à procura de Gabriela novamente.
Quarto da mãe, cozinha, banheiro, sala, todos os cômodos estavam vazios, sem ao menos sinal da sua querida irmã, todas as portas da casa estavam trancadas, voltou para o quarto delas para procurar qualquer indício de seu paradeiro, a roupa que ela usou ao voltar da faculdade, que estava pendurada na porta do guarda-roupa, havia sumido. Preocupada ela olhou para o lado, e viu seu celular, ligeira ela ligou para a irmã, uma, duas três vezes, e a única voz que ouvia do outro lado era o da caixa postal. Regina estava cada vez mais aflita não sabia o que fazer, primeiramente pensou em abdução, era crédula de vida extraterrestre, em seguida veio a idéia de seqüestro e seu coração batia cada vez mais rápido, sua irmãzinha que sempre estivera tão presente em sua vida desaparecida assim do nada, começou a chorar...
Acordou! Sua irmã estava na cama ao lado num sono profundo, Regina se aliviou ao saber que tudo aquilo não passou de um sonho, mas definitivamente agora ela precisava ir no banheiro.
terça-feira, 10 de maio de 2011
[biografia] - Convença-me
[biografia] - Pingado e Sorvete
O café com leite dançava no copo do estudante que olhava para as anotações, na qual não via nenhum sentido, eram como palavras distorcidas junto com alguns desenhos onde nada fazia sentido, olhava fixamente tentando entender a lógica daquele senhor, mas nada vinha a sua mente para que pudesse continuar a examinar o documento. De súbito levou um susto pelo toque de seu celular, derrubando o leite por toda sua roupa, praguejou até chegar ao telefone e atendeu com uma voz perceptivelmente alterada.
- Acho que liguei em má hora – disse a voz do outro lado da linha, mas ele não reconheceu.
- Quem é? – perguntou o estudante limpando com um pano de prato.
- O velho que você roubou ontem!
O garoto empalideceu, gelou, ficou sem reação, as palavras não saiam de sua boca, nem para se defender do roubo. De fato ele não roubara, o velho que esquecera suas anotações no banco, apesar disso o velho sabia e riu-se do outro lado da linha.
- Brincadeira, deixei lá de propósito para você! – não conseguindo abafar a risada, o garoto aos poucos ia se recuperando do choque – Então, conseguiu extrair alguma coisa de minha essência com as minhas anotações? Seja sincero comigo.
- Sinceramente não – e antes que dissesse, mas alguma coisa o velho cortou.
- Eu sabia, as anotações vêm conforme as coisas que penso, então teoricamente, as anotações são meus pensamentos. Acho que estou caquético já.
- Não, de forma alguma, o senhor...
- Não tente me bajular, eu gosto, mas não o faça. Faz assim, me encontre no Le Maison, sabe o restaurante? Então, lá ao meio dia e meio e conversamos. Agora tenho terminar de escrever meu romance, cambio.
Antes que o jovem pudesse dizer alguma coisa o velho desligou o telefone, ele se sentiu importante, tinha conseguido com que seu ídolo o ajudasse em seu TCC, um sorriso tomou conta de sua face, esquecera que sua roupava estava impregnada pelo seu café da manhã e esquecerá que estava atrasado para aula, ao notar, agiu como um louco, se trocando rápido e saindo de casa.
- O senhor está bem?
Retornando lentamente do transe respondeu:
- Não se preocupe, minha cara, foi apenas um devaneio, sempre tive isso. Obrigado, mas agora preciso ir – ele caminhou até um taxi parado ali perto e foi embora. A mulher desconcertada também seguiu o seu caminho.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
[biografia] - Um velho na Praça
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Os braços de Morfeu
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Miniconto: Dinheiro não trás felicidade
sexta-feira, 25 de março de 2011
Periplaneta americana
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- Eu não fiz isso! – tentou argumentar – Foram as baratas – mesmo sabendo que era impossível as baratas terem fincado a chave no peito do homem queria provar sua inocência, mas será que era mesmo inocente? Sua sanidade estava em xeque, ele tinha dúvidas se aquilo era real, sonho ou alucinação.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
O Toque

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
O piano
As autoridades buscavam explicações de como um piano havia aparecido no banco de areia do dia para a noite em meio à Baia Norte em Florianópolis, apareceu por lá, sem deixar rastros de quem poderia ter colocado-o no meio do mar. Apesar de tudo a água não o alcançava, nem mesmo com a maré alta , ele havia sido colocado no ponto mais alto do banco, e as águas salgadas só poderiam alcançá-lo se o mar se revoltasse devido a uma tempestade, mas isso não o deixara livre de hospedes como gaivotas que se abrigavam nele pouco a pouco.
A população também estava intrigada com a aparição do piano, que chamava muita atenção dos alunos da Universidade Federal de Santa Catarina, cujo principal acesso era pela avenida Beira-Mar Norte que antes fora parte da Baía, mas tivera que ser aterrado em alguns trechos para a construção da avenida.

O primeiro dia do piano misterioso estava prestes de acabar, era um lindo por do sol, quando se ouviu um melodia, vinda de longe, mas logo as pessoas que estava próximas viram uma figura junto ao piano que tocava Fantasie Impromptu de Chopin, em pouco tempo parecia que todos na cidade tinham parado para contemplar o show que acontecia num banco de areia na Baia Norte. A musica começava com algumas notas lentas em seguida de notas rápidas e incessantes como a vida eram disposta de forma uniforme e melodiosa.
Alguns tentavam identificar o pianista, os que olhavam de binóculos notavam que usava fraque e uma máscara branca que lhe cobria todo o rosto, mas devido ao sol que batia diretamente nele era difícil ver os detalhes. Outros apenas ouviam a musica que parecia emanar do mar, ela soava baixa, mas todos podiam ouvi-la ao longo da orla da praia. Aos poucos a areia da praia abrigava uma multidão que assistia ao concerto ao ar livre do desconhecido com o piano misterioso, logo, as notas rápidas e furtivas se transformaram numa melodia mais amena, onde se percebia que as notas pareciam descer para outro nível e em seguida se tornar uma musica mais calma, como se quisesse dizer “vai com calma na sua vida, pare um pouco, relaxe, tome um café”. Neste momento eram poucas as notas que podiam ser ouvidas por todos, mas estas acalmavam a musica depois de uma saraivada de notas fortes, era um momento de relaxar.

Eram poucos os que trajavam roupas de banho, a maioria estava vestida como se acabassem de sair do trabalho, que de fato tinham o feito, apesar da ânsia de quererem voltar para casa, do cansaço, sucumbiram à musica que lhes remetia a própria vida, e estes foram os que pareciam mais admirar a obra de Chopin. Eles não sabiam, mas de certa forma, todos compartilhavam do mesmo sentimento. Então novamente as notas fortes e rápidas voltavam, como se a vida continuasse hiperativa, dia após dia, como num circulo vicioso onde todos vivem, descansam e um novo dia, com novas experiências, surgiria.
Ao fim da musica ela novamente se tornava lenta, mas em um tom mais fúnebre, e depois de algumas notas agonizantes ela terminava, morria. Todos que compartilharam dessa experiência na Baia Norte se sentiram tocados por aquele ato, como se a musica tivesse tocado suas almas, alguns saíram chorando, outros sorrindo e com a chegada da noite, e o fim da melodia a multidão foi se dispersando pouco a pouco, alguns esperavam outra musica, mas a escuridão tomara conta do banco de areia e era difícil dizer se o pianista ainda estava por lá.

Agradeço ao Leon Spiandorelli por me mostrar que o sentimentalismo da mais ênfase a estória
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Miserável

segunda-feira, 14 de junho de 2010
If close my eyes forever

terça-feira, 20 de abril de 2010
Perplexa

domingo, 18 de abril de 2010
Inquieto, tonto e encantado
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
O Banheiro
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A musica abafada pelas paredes invadia o banheiro, era aquele som constante e interminável, a boate estava cheia e consequentemente, o banheiro. Eram mais de três da amanhã quando entrei no banheiro, a bebida me virava o estomago, passava mal, suava frio, e sentia o vomito vir de tempos
Ao entrar, na porta do banheiro, me deparei com duas mulheres magras e bonitas se beijando, tinham porte de modelo, na pia havia um garoto que não aparentava ter mais de dezesseis anos se drogando, cheirando fileiras de cocaína, em um dos boxes do banheiro ouvia-se o barulho de pelo menos quatro pessoas transando, que logo em seguida a porta se abriu com estrondo e havia quatro jovens, três homens e uma mulher, todos em torno dos seus vinte anos, sem cerimônia um garoto loiro que estava completamente nu fechou a porta novamente.
Precisava ir ao encontro de uma privada e forçar o vomito, aquela sensação era horrível, e sabia que depois de expulsar aquele excesso de bebida estaria melhor. O chão estava lavado de urina e vomito, estava escorregadio, e toda aquela sujeira fez com que o vomito viesse de forma espontânea e se juntasse ao vomito alheio já no chão. A música lá fora não se cessava, e me chamava para dançar mas eu não tinha mais forças.
Coloquei a mão no bolso, e encontrei um pequeno comprimido, que sem medo ingeri, aquilo iria levantar meu animo, o garoto da cocaína ainda estava no banheiro e me ofereceu uma dose em troca do ecstase que tinha, eu não recusei... Lavei minha boca pra tirar o gosto de vomito, e logo um efeito começou a surgir, fui a um box mijar, mas já estava difícil acertar a privada, na saída do banheiro encontrei-me com um casal, que me fizeram a proposta d um sexo a três, que eu também não pude recusar.
E tudo que aconteceu no banheiro, ficou no banheiro.
domingo, 3 de janeiro de 2010
As Garotas do Calendário: Capitulo 1 - Mau Princípio

A noite estava silenciosa, uma leve garoa caia sobre o detetive que estava no quintal de sua casa fumando um cigarro, mania adquirida com seu amigo Lucas, do qual sempre se lembrava. O assassinato daquela atriz fazia-o sentir algo diferente, uma sensação de que aquilo tinha algo grandioso por trás, ainda mais, por terem tentado encobrir a verdadeira causa da morte.