quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Houston, we have a problem

Devido a algum problema no ImageShack as imagens do menu e título não estão aparecendo, então peço a paciência de vocês porque já cadastrei o site para que as imagens voltem, caso não volte em breve estarei mudando o layout. Obrigado.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O Toque

"Quando o amor nos atinge, qualquer coisa serve para se sentir perto da pessoa amada, até mesmo um toque."

Ela estava lá distante do outro lado da rua no ponto de ônibus, mas um garoto franzino de aproximadamente a mesma idade não parava de mira-lá, sonhava em um
dia pelo menos conversar com aquela garota de lábios rosados e olhos azuis, seu cabelo negro como a noite criava um contraste com o sol do meio dia. Ele não sabia para onde ela ia, mas sabia qual ônibus ela pegava.
Apesar dos dois estudarem na mesma escola, era raro quando ela a via por lá, mas no ponto de ônibus eles se encontravam todos os dias, ela o ignorava, mas ele a admirava todos os dias, não importa o tempo, chuva, sol, frio, calor ela sempre estava linda aos olhos dele.
Uma criança ele era a pouco tempo atrás, mas depois deste sentimento que nunca tivera antes parecia ter lhe tornado num adulto, pensava que se fosse correspondido nada poderia fazê-lo ficar triste novamente, mera ilusão juvenil...
Certa vez ele chegou ao ponto e não a viu do outro lado como era de costume, esperou e nada, aos poucos seu ponto de ônibus foi enchendo isso significava que estava perto de seu ônibus passar e nada da garota, seu ônibus passou e não teve a oportunidade de mira-la, e isso o deixava transtornado. Foi que ao segurar num ferro do ônibus, sem querer colocou sua mão sobre outra, automaticamente pediu desculpas e viu que a mão que tocou era da garota que ele sentia algo tão grande que não poderia explicar, ele replicou com um "não foi nada" e depois ela pediu licença e desceu.
Era uma vitória, e sorrindo foi até chegar ao seu destino.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O Grande erro de Deus

Se a afirmação que Deus escreve certo por linhas tortas é certa, é um mistérios, pois se Deus criou o ser humano em sua imagem e semelhança, e levando em consideração que errar é humano, podemos concluir que Deus também pode errar.

Uma criança, inocente nasce, é criado com todo amor e carinho possível que seus pais podem lhe dar, cercado com pessoas que a amam, que se importam, que não lhe deixam faltar nada do básico e nem do supérfluo e mesmo assim, não sentir nada, e ter que fingir sentimentos para agradecer e parecer satisfeito para os outros.
Seu sarcasmo fala mais alto que seus sentimentos, visto que esses não existem, são patadas vindas de todos os lados, e mesmo assim as pessoas continuam a gostar dele, quem sabe até mais se ele não fosse assim, pois acham graça no seu jeito blasé.
Mas onde está o erro? O erro está na infelicidade, o garoto tem tudo (ou quase) o que deseja, mas ele não é feliz e não é mais capaz de amar, agora ele é um objeto que vive.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Quando você está morrendo, todo mundo passa a te amar.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O piano

As autoridades buscavam explicações de como um piano havia aparecido no banco de areia do dia para a noite em meio à Baia Norte em Florianópolis, apareceu por lá, sem deixar rastros de quem poderia ter colocado-o no meio do mar. Apesar de tudo a água não o alcançava, nem mesmo com a maré alta , ele havia sido colocado no ponto mais alto do banco, e as águas salgadas só poderiam alcançá-lo se o mar se revoltasse devido a uma tempestade, mas isso não o deixara livre de hospedes como gaivotas que se abrigavam nele pouco a pouco.

A população também estava intrigada com a aparição do piano, que chamava muita atenção dos alunos da Universidade Federal de Santa Catarina, cujo principal acesso era pela avenida Beira-Mar Norte que antes fora parte da Baía, mas tivera que ser aterrado em alguns trechos para a construção da avenida.


O primeiro dia do piano misterioso estava prestes de acabar, era um lindo por do sol, quando se ouviu um melodia, vinda de longe, mas logo as pessoas que estava próximas viram uma figura junto ao piano que tocava Fantasie Impromptu de Chopin, em pouco tempo parecia que todos na cidade tinham parado para contemplar o show que acontecia num banco de areia na Baia Norte. A musica começava com algumas notas lentas em seguida de notas rápidas e incessantes como a vida eram disposta de forma uniforme e melodiosa.

Alguns tentavam identificar o pianista, os que olhavam de binóculos notavam que usava fraque e uma máscara branca que lhe cobria todo o rosto, mas devido ao sol que batia diretamente nele era difícil ver os detalhes. Outros apenas ouviam a musica que parecia emanar do mar, ela soava baixa, mas todos podiam ouvi-la ao longo da orla da praia. Aos poucos a areia da praia abrigava uma multidão que assistia ao concerto ao ar livre do desconhecido com o piano misterioso, logo, as notas rápidas e furtivas se transformaram numa melodia mais amena, onde se percebia que as notas pareciam descer para outro nível e em seguida se tornar uma musica mais calma, como se quisesse dizer “vai com calma na sua vida, pare um pouco, relaxe, tome um café”. Neste momento eram poucas as notas que podiam ser ouvidas por todos, mas estas acalmavam a musica depois de uma saraivada de notas fortes, era um momento de relaxar.

Eram poucos os que trajavam roupas de banho, a maioria estava vestida como se acabassem de sair do trabalho, que de fato tinham o feito, apesar da ânsia de quererem voltar para casa, do cansaço, sucumbiram à musica que lhes remetia a própria vida, e estes foram os que pareciam mais admirar a obra de Chopin. Eles não sabiam, mas de certa forma, todos compartilhavam do mesmo sentimento. Então novamente as notas fortes e rápidas voltavam, como se a vida continuasse hiperativa, dia após dia, como num circulo vicioso onde todos vivem, descansam e um novo dia, com novas experiências, surgiria.

Ao fim da musica ela novamente se tornava lenta, mas em um tom mais fúnebre, e depois de algumas notas agonizantes ela terminava, morria. Todos que compartilharam dessa experiência na Baia Norte se sentiram tocados por aquele ato, como se a musica tivesse tocado suas almas, alguns saíram chorando, outros sorrindo e com a chegada da noite, e o fim da melodia a multidão foi se dispersando pouco a pouco, alguns esperavam outra musica, mas a escuridão tomara conta do banco de areia e era difícil dizer se o pianista ainda estava por lá.

Na manhã seguinte, para a surpresa de todos, o misterioso piano também sumira, deixando apenas uma lembrança da peça que tomou conta da cidade, do mar e do coração das pessoas que o presenciaram.
Agradeço ao Leon Spiandorelli por me mostrar
que o sentimentalismo da mais ênfase a estória