sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Claquete!

Naquela tarde trocava meus olhos por restos de comida ruim.
O pior é pensar que eu sabia disso desde o começo,
e fui me afundando cada vez mais.
Ela caía aos prantos enquanto minhas mãos não podiam mais alcança-lá.
Aquilo não era o que eu queria,
e ela sabia.
No fundo ela via isso nos meus olhos,
o tempo todo, e queria muito que eu parasse com aquela dor,
e que aquilo tudo não passasse de um sonho ruim.
Ainda me lembro,
o sol da tarde refletia nas lágrimas que desciam,
e perguntava insistentemente se o meu sentimento não era mais o mesmo.
Da minha boca, obteve silêncio, e mais uma vez me calei.
Aquilo não era o que eu queria.
Eu só queria abraçá-la e dizer que eu estava mentindo,
que era brincadeira, uma brincadeira de muito mal gosto,
e ficar por perto.
Quando dei por mim já estava de pé,
e as palavras saíram da minha boca,
mais velozes que meus pensamentos.
Então acho que é isso. Até mais.
Acho que você quer dizer adeus...
Até mais, e um sorriso, sorriso de culpa. Me abraça?!
Não faz isso, lágrimas escorriam.
Por favor. Vontade de gritar eu te amo.
Agarro-a e abraço, bem forte, ela chora, mas me abraça.
Saio andando pela rua, ela corre e grita.
Posso te ligar?
Claro, estarei sempre por aqui.
Ela sorri, ah como adorava ver aquele sorriso.
Ela nunca me ligou.
Tudo bem.
Estraguei tudo.

Post escrito pelo meu amigo Rafael "Kimu"

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Salfa ele Chessus

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Fada do Dente

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A satânica vendedora de perfumes importados


- Bom dia, posso ajudar em alguma coisa? - disse a vendedora encarando os olhos da cliente, com a cabeça ligeiramente inclinada para o lado e com um sorriso sinistro que lhe estampava a cara.
- Não obrigada, estou dando apenas dando uma olhada - respondeu a cliente de forma sutil.
- Qualquer coisa que a senhora precise meu nome é Laura.
- Obrigada.
A cliente passou estantes de perfume olhando as marcas dos perfumes, em alguns arriscava ver o preço e em outros sentia a fragrância usando pequenos pedaços de papel para espirrar o perfume. Por volta do terceiro perfume, a cliente foi novamente abordada por Laura, a vendedora.
- Não, assim a senhora não consegue sentir toda a fragrância que os nossos produtos lhe proporcionam, a alma do perfume é perdida. Vou ensinar a senhora como fazer para melhor sentir o cheiro dos perfumes - ela pegou um 212 VIP da prateleira e o espirrou no ar, perto do rosto da cliente. Aquela senhora pode sentir os respingos de perfumes bater em seu rosto, e para ela nada mudara do cheiro - Viu? É assim que a senhora deve fazer!
- Muito obrigada querida, mas eu prefiro sentir os cheiros pelo método antigo mesmo - a cliente respondeu não querendo ser grossa com a garota.
- Ah! Tudo bem.
A vendedora sorriu e saiu de perto, indo até o centro da loja com seu sorriso assustador e sua pele perfeita. Devia ser pré-requisito para a vaga as vendedoras parecerem Barbies em tamanho real.
Logo a cliente voltou a para a prateleira e a olhar o catalogo de perfumes, após algum tempo um odor caiu sobre suas narinas, um cheiro forte, enjoativo...
- Esse é Flower by Kenzo e acho que é perfeito para a senhora - novamente a vendedora olhava com seus olhos penetrantes, um sorriso macabro e a inclinada, segurando a frasco de perfume pronta para a qualquer instante acionar a válvula de escape do perfume e ferir o olfato da cliente.
- Não minha filha, eu não quero esse perfume, eu quero escolher! Obrigada - neste momento a cliente estava ligeiramente estressada com a atitude da vendedora. Como ela podia agir assim?
Virou as costas e foi em direção oposta e caminhou até ser chamada novamente pela vendedora.
- Senhora?
Ao virar uma rajada de Hypnotic Poison da Dior atingiu seus rosto. A cliente tossiu e replicou:
- Chega! Eu vou embora daqui! Eu não aguento mais você!
- Calma senhora, esse perfume combina muito com a senhora, leve ele. - e colocou nas mãos da cliente.
- Eu não quero! - disse a cliente gritando e devolvendo o perfume.
- Mas é perfeito para a senhora! -  e novamente devolveu o perfume a cliente.
- Eu vou embora daqui! - empurrando o perfume de volta a vendedora.
- Leve! A senhora não vai se arrepender - não aceitando o perfume que a cliente tentava devolver.
- EU NÃO QUERO ESSA MERDA! - e num ataque de fúria, a cliente espatifou o frasco de perfume no chão.
A vendedora em choque disse a cliente.
- Você quebrou, terá que pagar. São 286 reais.
- Eu não vou pagar nada! E vou embora daqui!
A cliente então se viu cercada de outros clientes curiosos e vendedoras tão macabras como Laura, a sua vendedora, aqueles olhares a penetravam, aqueles olhos pintados a culpavam. Laura sua vendedora tinha um certo ódio no olhar. A cliente respirou fundo.
- Faz em três vezes no cartão?

A mulher saiu com raiva da loja jurando a si mesma nunca mais entrar, deu uma leve esbarrada em um homem de meia idade e charmoso que entrava na loja de perfumes, ela mal o notou, pediu desculpas de leve e continuou pisando duro para bem longe da loja.
O homem acompanhou com o olhar a mulher sumir na multidão do shopping e ao entrar na loja se deparou uma vendedora.

- Bom dia, posso ajudar em alguma coisa? - disse a vendedora encarando os olhos do cliente, com a cabeça ligeiramente inclinada para o lado e com um sorriso sinistro que lhe estampava a cara.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O Dia do Orgulho Hétero e sua repercussão

Clique na imagem para vê-la ampliada.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Reflexo

O fato que é que somos tão parecidos,
nos damos tão bem que somos como um o reflexo do outro.
Como qualquer reflexo o que nos separa é uma fina cada de vidro, de água,
somos apenas um a imagem do outro,
e como qualquer relação entre objeto e reflexo só temos uma propriedade.
Nunca iremos nos unir.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Bom conselho

Hoje estava lendo meu livro, "A imaginação hiperativa de Olivia Joules" de Helen Fielding, e peguei uma fala que achei muito interessante e resolvi compartilhar.

"A corrupção de uma pessoa boa através da crença na própria bondade infalível é a armadilha humana mais perigosa. Assim que você tiver dominado todos os seus pecados, o orgulho é o pecado que vi dominá-la. Uma pessoa começa a decidir que é boa porque toma boas decisões. Em seguida se convence de que qualquer decisão que toma deve ser boa, porque ela é uma boa pessoa. (...) A maioria das guerras no mundo é causada por pessoas que acham ter Deus ao seu lado. Sempre fique com as pessoas que são falhas e ridículas."


quarta-feira, 13 de julho de 2011

Desconexo

Gabriela plantou uma linda pé de cabra de onde jorrava o mias puro whisky das sete costas do Sudão, certo dia as cabras do pé de cabra começaram a mugir de forma infantil e triste, Gabriela suspensa com a situação comprou uma lhama para ensinar as cabras a latir calmamente para o horizonte.
A lhama foi uma boa professora e ensinou as cabras a lição, entretanto, a Turquia se sentiu ofendida pelo latir das cabra de Gabriela começando um conflito sangrento e cheio de graxa. Rinocerontes ciborgues atacavam sem dó o sitio-militar onde morava a garota dona do pé de cabras que latia, a lhama foi brutalmente assassinada por coroas de dendê. Não havia mais esperanças, mas foi ai que surgiu Gruntus, o gigante da Malásia e amassou todos os rinocerontes ciborgues e para a felicidade da Turquia e infelicidade de Gabriela, Gruntus mascou o pé de cabras e cuspiu no Uzbequistão.
Se passaram vários anos desde o conflito armado, e o Uzbequistão se tornou o país mais rico da América Latina, Gabriela se casou com Sipo, o curupira malandro,  e a Turquia virou a fossa de Gruntus.

Hoje acordei meio Padmé Amidala



Pedófila e com um penteado ousado!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Hoje acordei meio Sookie



Num mundo cheio de violência me descubro uma fada. E as fadas também são más.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Consequências de Prometeu

As cinzas caiam solenes e ingratas do céu, invadiam casas, terrenos, parques, praças, ruas e avenidas. A maioria das pessoas não sabiam do que se tratava, pensavam ser mais uma queimada de mata onde eram comum nesta época do ano. Meu lar estava espalhado pela cidade, levado pelo vento que outrora me trouxe a felicidade.
O vento certa vez vem um chapéu vir ao encontro de meu rosto. A dona do chapéu viria a ser minha esposa, nos apaixonamos a primeira vista. O casamento não demorou a acontecer e ela estava grávida do meu primeiro filho quando a casa explodiu e foi consumida pelas chamas.  O vento espalhava a felicidade que um dia me trouxe, e eu não podia fazer para segurá-lo. A não ser, ser consumido pela dor da perda, pela perda da força e desmaiar esperando que tudo não passe de um sonho.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Síndrome de Davy Jones
















Davy Jones é mal amado que resolveu se tornar grande vilão dos mares para preencher o vazio do seu peito literalmente vazio. Dessa forma essa doença ataca pessoas mal resolvidas amorosamente, que para disfarçar o amor não correspondido faz pequenas maldades com aqueles que o cercam.
A doença não tem uma padrão, podendo se desenvolver em qualquer pessoa, independente da classe social, credo ou raça. Em alguns casos a doença pode atacar agressivamente o paciente, a Síndrome de Davy Jones Aguda é facilmente encontrada em jovens como podemos observar no caso Eloá e outros casos envolvendo mortes em escolas devido a briga de namorados.
O melhor tratamento acerca desta doença é o tempo, para que possa se esquecer. É recomendável que se desfaça de todo e qualquer objeto que os façam lembrar da pessoa amada que não te quer.
Não é recomendável entretanto o uso de macumbas e mães de santo que trazem o amor em três dias, pois, você pode se iludir e a doença vir a piorar.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

J. Pinto Fernandes




J. Pinto Fernandes era um namorador,
pegou Teresa, beijou Maria
e casou-se com Lili.

Oxiúrus

terça-feira, 7 de junho de 2011

[biografia] - Frenesi


Lá fora uma fina chuva caia sobre a cidade, o tempo que estava limpo e com o sol brilhando tinha mudado drasticamente, o céu estava cinza e a garoa aos poucos ia mudando os rumos da cidade, do alto do prédio o velho via as pessoas correndo da chuva e o transito parando lentamente. 
- Quando tinha uns... oitenta anos até os meus setenta não houveram grandes acontecimentos em minha vida, era algumas viagens e alguns um romance, um fracasso total. 
- E isso se deveu a morte de seu filho? 
Um silencio sepulcral tomou conta do recinto, o jovem temia ter dito algo que não devia, poderia ter estragado todo seu trabalho, mas resolveu ficar quieto, esperava receber o xingo do velho e ser expulso de sua casa, mas ele não falaria nada, não por enquanto. Ele ouvia a chuva ficar mais forte lá fora, buzinas eram ouvidas com mais freqüência. 
- Sim, acho que foi – respondeu o velho, o entrevistador ficou aliviado, mas mesmo assim achava que tinha acabado sua pesquisa. – A pior coisa que pode acontecer com qualquer pessoa é perder um filho, eu o amava, mas aquela maldita doença o tirou de mim, e o melhor que aconteceu foi ele ter partido. Meu neto e minha nora vivem bem e felizes na Italia hoje, eles me ligam, mas estão distante de mim, seja em fisicamente ou seja emocionalmente. Mas eu não os culpo, também era distante de meus avós. 
- Eu sinto muito. 
- Não sinta! A velhice só serve pra você se sentir incapaz e ver seus entes queridos morrerem, quanto mais se vive, mais as pessoas próximas vão morrendo. 
- Ai como você é dramático, sempre foi! – a voz só o velho escutou, reconhecia aquela voz, escutara ela a pouco tempo atrás, era seu parceiro. 
O velho olhou em volta mas nada viu, o garoto que o entrevistava, achou o comportamento do escritor estranho. 
- Você está bem? - repetiu o estudante. 
- Com licença um minuto. 
O velho caminhou de volta para o escritório o mais rápido que pode, a idade não contribuía para sua velocidade. Nada havia no escritório. Então foi ao seu quarto, e lá viu seu parceiro novamente, mas dessa vez não estava só, estava acompanhado de uma criança. O filho deles. 
- Oi papai – disse a criança. Seu filho morrera com quase cinqüenta anos, mas aquela era a imagem que sempre guardara de seu filho, um garotinho de dez anos. 
- Oi amor – respondeu seu parceiro que tinha a aparência de cerca de vinte anos. 
- O que é isso não estou entendo. 
Da sala o estudante ouviu o velho falando sozinho, e lentamente foi se esgueirando para ver o que ele fazia, com quem ele falava. 
- Bom, o que acontece, é o seguinte – começou a dizer seu parceiro – ao terminar essa entrevista você vai morrer, e se juntar a nós. 
- Finalmente! Vou terminara entrevista agora e expulsar aquele moleque da minha casa. 
O jovem escutou nitidamente o que o velho disse, ele se sentiu ameaçado, traído, então, silenciosamente ele deixou casa, com o velho falando sozinho no quarto. 
- Não é assim que funciona – continuou o espectro de seu parceiro. 
- Você tem que contar tudo, sua história, nossa história precisa ser reconhecida por todos – continuou seu filho – Tenha paciência e termine a sua biografia, todos precisam saber da sua vida, ela será um guia para muitas pessoas. 
O velho olhou para porta, como se olhasse para o estudante que o entrevistava, e quando voltou os olhos para a cama, onde seus parentes estavam sentados, nada viu. Uma breve pausa para respirar, e então caminhou até a sala para continuar a entrevista, mas o estudante não estava mais lá.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Repreendido


Raros momentos são aqueles em que você se depara com sua vida e o que tem feito dela, onde você percebe onde esse caminho está te levando, mas a pergunta fundamental para isso é: Você quer mesmo ir para este lugar onde construiu seu caminho pela vida toda? É este mesmo seu sonho? Está seguindo seus princípios? Ou você cursou toda essa trajetória baseada nos sonhos e princípios de outra pessoa?

Repreendido ninguém rende, não se rende fazendo algo que não gosta, que não quer, ninguém rende sem ser você mesmo. Se liberte, sai da zona de conforto, lute pelos seus ideias, pela sua felicidade, não desista e como diria Raul Seixas "tente outra vez". O que falta para a humanidade é coragem para enfrentar seus problemas, seus dilemas, seu carma. Seja você mesmo cante na hora que quiser cantar, coma o que tiver vontade, estude aquilo que te agrada (e não o que dá dinheiro). 
Siga esses passos simples e seja feliz.

domingo, 29 de maio de 2011

Longa Vida

Virou a caixa de leite sobre o copo e apenas dois dedos no copo se encheram, mas era o suficiente para ajudar a descer o lexotan pela garganta seca abaixo.

sábado, 28 de maio de 2011

Chocolate mata!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Bacon!

Peregrinando por um blog que não lembro qual é, provavelmente o Ñ.Intendo de novo, achei esse quadrinho, que quero dedicar a friend @PinguimVoador






[Biografia] - Brás Cubas


- O senhor está bem? – perguntou o jovem estudante ao ver o velho chegar pálido na sala.
- Estou ótimo – havia um tom de dúvida em sua voz, a ponta de seus dedos cálidos e enrugados tocavam sua boca de forma sutil, sua expressão era de quem estava longe, em um profundo devaneio. De repente, como se toda a realidade tivesse voltado a tona, ele fitou o rapaz e disse – Vamos começar?
O jovem, receoso, voltou a falar:
- Pode começar a falar de sua vida inteira, tudo o que quiser falar por favor o faço, ai depois aplico meus estudos em cima das suas declarações.
- Tudo bem – disse o velho – Mas farei como Brás Cubas, e iniciarei do final. Infelizmente no meu caso tais memórias não serão póstumas, mas como ele não tenho medo de falar. O início é o final ainda não concluído! Eu um velho com seus noventa e tantos anos, fazendo a pesquisa de campo para meu, o que acredito ser, último romance. Romance no qual estive entretido desde a morte de meu parceiro, o romance preenche o vazio dentro de mim depois de sua partida, esse romance é complexo, confuso, apaixonado e bipolar assim como ele era, o romance é a alma dele, a alma que eu conheci e convive por quase sessenta anos – uma pausa, o velho caminhou até a cozinha e voltou com dois copos e uma garrafa d’água, se serviu e tomou um gole de água – Ele morreu a onze anos, ataque cardíaco, ele era a última pessoa que eu amava que restou e ele se foi, ele me prometeu nunca partir, mas mesmo assim ele se foi – o velho continuou detalhando o que acontecera naquela fatídica manhã - Naquela manhã de verão o sol brilhava forte, a temperatura estava um pouco acima do normal para a época, eu acordei antes, como dificilmente acontecia, fiz o café da manhã e fui chamá-lo. Apesar dos anos de convivência o amor e o respeito não tinham se extinguido com o tempo, nossas brigas em geral, eram causadas por ciúmes. Quando preparei a mesa, fui chamar-lo, meu velhinho, mas ele não acordou, sua pele estava fria como mármore, nem aquela manhã quente foi capaz aquecer aquele corpo frio e branco. Porém, eu fui mais frio, e tive que deixá-lo para chamar a alguém para tirá-lo. As lembranças dele ainda estão muito vivas em minha memória e neste apartamento.
O jovem estudante fitava o velho, que agora, calado, olhava para seus pés, a tristeza era clara, mas ele precisava compartilhá-la, sempre gostara de compartilhar seus sentimentos, mas com a perda de seu parceiro guardava tudo aquilo consigo, não havia com quem dividir.
- Aquele velho gaga roubou minha juventude! – disse o velho do sorrindo, mas com os olhos lacrimejados – Olha só pra minha cara e veja como ele me deixou!

Clássicos em Monocromia

Cantando

Chefão

Mary Poppins

Noviça

Virginia

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Foi apenas um sonho

  
   - Hoje meu dia foi cheio.
   Essas foram as palavras da garota à irmã ao chegar da faculdade jogando suas coisas na cama ao lado, as duas compartilhavam daquele sentimento de cumplicidade desde a infância, não existia nem mesmo um segredo sórdido entra as duas. Ar irmãs, Regina e Gabriela, dividiam o mesmo quarto, desde a infância, e mesmo agora que já haviam passado da puberdade, agora que já eram mulheres o quarto ainda era compartilhado, assim como seus segredos e planos.
   - Ai Re eu to quebrada, aquela aula maldita hoje acabou com que restava de bom humor em mim, meu chefe não largou do meu pé um minuto, to quase pra pedir as contas...
   - Calma, você tá estressada, descansa, vai tomar um banho e depois dorme que amanhã você estará novinha em folha.
   - Banho? Nesse frio? Ta louca bem?
   - Deixa de ser porca...
   - Daqui a pouco eu vou, me conta o que aconteceu na novela hoje.
   A conversa se estendeu por quase uma hora, os assuntos abordados variavam de forma colossal, o som da televisão alta fundia-se a conversa das meninas,mas elas não se perdiam, estavam acostumadas e o silêncio naquele recinto demoraria a reinar. Gabriela resolve tomar seu banho enquanto Regina prepara o quarto para as duas dormirem. Regina já está deitada quando Gabriela chega do banho, com uma toalha na cabeça, elas conversam mais um pouco, uma conversa curta, só enquanto Gabriela se ajeita, em seguida vem a escuridão seguido por Morfeu.
   Eram duas da manhã quando Regina acordou no meio da noite, ela precisava usar o banheiro, porém notou que sua irmã não estava no quarto, deduziu então que ela estaria no banheiro, então esperou deitada em sua cama o regresso da irmã, passou-se vários minutos e nada da garota retornar, decidiu ir até o banheiro e bater na porta, e se sua irmã estivesse passando mal? Bateu a porta e nada, abriu a porta e se deparou apenas com a escuridão sepulcral, como seu aperto era grande decidiu fazer suas necessidades antes de procurar o paradeiro da irmã e em menos de cinco minutos estava à procura de Gabriela novamente.
   Quarto da mãe, cozinha, banheiro, sala, todos os cômodos estavam vazios, sem ao menos sinal da sua querida irmã, todas as portas da casa estavam trancadas, voltou para o quarto delas para procurar qualquer indício de seu paradeiro, a roupa que ela usou ao voltar da faculdade, que estava pendurada na porta do guarda-roupa, havia sumido. Preocupada ela olhou para o lado, e viu seu celular, ligeira ela ligou para a irmã, uma, duas três vezes, e a única voz que ouvia do outro lado era o da caixa postal. Regina estava cada vez mais aflita não sabia o que fazer, primeiramente pensou em abdução, era crédula de vida extraterrestre, em seguida veio a idéia de seqüestro e seu coração batia cada vez mais rápido, sua irmãzinha que sempre estivera tão presente em sua vida desaparecida assim do nada, começou a chorar...
   Acordou! Sua irmã estava na cama ao lado num sono profundo, Regina se aliviou ao saber que tudo aquilo não passou de um sonho, mas definitivamente agora ela precisava ir no banheiro.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

#diadatoalha

Não esqueça de trazer sua toalha!

Caso se depare com um besta voraz de traal, coloque a toalha sobre sua cabeça, tampando seus olhos, pois, se você não ve a besta, ela também não te vê.

A verdade sobre a água que você bebe

Lendo um dos antigos posts do Ñ.Intendo, encontrei um infografico que deve ser transmitido de novo.

Hoje acorder meio Capitu (de novo)



Falsa e dissimulada!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

[biografia] - Alucinações



Os dias se passaram e o projeto dos dois corria, o jovem estava lendo com afinco todos os romances publicados pelo velho que não eram poucos, e depois para fazer a comparação com a vida do velho teria que fazer uma entrevista levando em conta o tempo e de como agia a sociedade há décadas atrás. Seu trabalho além de literário, era sociológico, pois, aquele senhor, base de seu projeto era um dinossauro, que já havia passado por diversos problemas sociais e econômicos e tudo estava, de certa forma, transposto em seus livros. Seu TCC seria uma biografia.
Era uma manhã gélida de outono, enquanto o jovem estava enfurnado numa biblioteca, o velho estava em seu apartamento escrevendo seu próximo romance, este que o escrevia a mais de seis anos era seu desafio, o qual acredita ser seu último desafio literário, apesar de se sentir bem sentia que a morte logo lhe visitaria e poderia enfim desencarnar daquele corpo velho.
A musica clássica estava tocava alta no apartamento do velho, a música fazia com que seus pensamentos fluíssem, mas algo chamou a sua atenção, uma barulho na poltrona a frente do seu computador, fez com que o velho desviasse o olhar do monitor para a poltrona, ele viu um rapaz sentado, um rosto conhecido, um rosto que conviveu por mais de quarenta anos.
- Bom dia namorado – disse o velho com uma voz calma e serena.
- Olá escritor! – respondeu o rapaz.
- Você veio me buscar ou estou tendo uma alucinação retroativa devido a minha juventude errante e sem conseqüências?
- Não sei, me diga você!
- Alucinação sem dúvida! – sem sua cara no maior estilo blaze e voltou a escrever seu romance.
- Só por isso você vai me ignorar e me abandonar aqui?
- Pensasse nisso antes de morrer a quinze anos atrás e me deixar sozinho aqui no mundo – disse olhando para o monitor e escrevendo seu romance.
- Você sabe que a culpa não foi minha e...
A campainha tocou e o velho se levantou e foi atender a porta, deixando o espectro a falar sozinho. Á porta estava o jovem estudante, com um pequeno gravador à mão.
- Estou aqui para nossa primeira entrevista – anunciou.
- Ótimo, você compromissos essa noite? Perdão, entre!
O garoto foi adentrando na casa e respondendo a pergunta do velho:
- Não, não tenho nada para fazer. Porque?
- Pretendo terminar a entrevista ainda hoje, se não me perco nos fatos, fora que posso morrer a qualquer instante.
- Sem problemas. – respondeu o estudante.
- Então, por favor – lhe indicando o sofá – Como faremos? Perguntas e respostas, ou falarei da minha vida?
- Você fala, caso haja dúvidas lhe faço perguntas. Mas acha que consegue falar da sua longa vida em tão pouco tempo?
- Veremos... Alias, me dê um instante para eu desligar meu computador.
- Claro, claro, enquanto isso eu preparo o gravador.
O velho caminhou até o seu escritório, não havia mais ninguém sentado na poltrona, desligou o computador e ao virar para sair do aposento deu de cara novamente com o espectro do rapaz.
- Com licença - disse o velho.
O fantasma se aproximou do velho e beijou seus lábios, um beijo úmido e demorado, um beijo que a anos não sentia, há pelo menos quinze anos, quando seu parceiro faleceu.

terça-feira, 10 de maio de 2011

[biografia] - Convença-me

Se atrasara na escola devido a uma reunião e última hora e isso fizera que um garoto atravessasse a cidade correndo para chegar ao restaurante, tinha medo que desperdiçasse sua oportunidade de fazer sua tese com uma figura tão ilustre, mas ao chegar viu o velho escritor sentado a uma mesa tomando uma taça de vinho. 
- O senhor tem reserva? - perguntou o Maître
- Sim, com aquele senhor ali, almoçarei com ele.
- Ah sim, ele deixou avisado sobre o senhor, por favor - e fez menção para o jovem continuar.
Acanhado ele caminhou até o velho que se deliciava com seu vinho, ao ver que já tinha tomado mas da metade da garrafa ruborizou-se.
- Não precisa ficar assim, eu sempre me atrasei a compromissos a vida toda, meus amigos começavam até a chegar atrasado, ou me enganavam quanto ao horário, chegando eu uma hora antes. Mentira, mesmo assim eu chegava atrasado. O fato é que o atraso é apenas uma forma de lutar contra a essa forma de vida acelerada que a humanidade inteira leva. Sempre me atrasei, enquanto viver vou me atrasar, e não faço questão de perder meus compromissos por atraso, nem amigos, já perdi alguns por causa do atraso.
- Mas hoje o senhor não atrasou.
- Na verdade você que atrasou mais que eu.
- E a garrafa de vinho quase acabando - e fez um olhar critico a garrafa.
- Eu gosto de beber.
O garoto se sentou na frente do velho, numa mesa pequena, redonda, com uma toalha de mesa vinho. Pela primeira vez ele viu o velho, e não olhou como apenas fazia, ele usava um chapéu marrom, seus cabelos grisalhos, quase brancos, desciam pelo rosto até seu ombro, suas rugas eram poucas apesar de sua avançada idade, não usava mais barba como fazia quando era jovem, e um par de óculos de aros grossos e pretos completava sua feição.
- Dorian Gray – disse o velho do nada.
- Perdão?
- Não pareço tão velho por causa do quadro que tem em casa, mas ele já envelheceu tanto que começou a passar para mim – os dois riram – Mas me diga o que você quer de mim?
- Bom primeiramente...
- Sem rodeios – o velho o cortou
- Ok! Uma biografia, quero todos os detalhes sórdidos de sua vida, tudo! E com esse material relacionar as suas obras e fazer minha tese, além de publicar também sua biografia, se tiver sua autorização.
O Velho pensou por um instante.
- Me convença então – disse o velho olhando para o rapaz de esgoela.
- Bom... para as pessoas que você é um humano e não somente um escritor inalcançável, que não é considerados semi-deus, que qualquer um pode se tornar alguém como você, que qualquer pode ter uma vida que é considerada “errada” pela sociedade e mesmo assim crescer profissionalmente, socialmente, psicologicamente.
- Tudo bem, me convenceu, agora vamos almoçar que estou morrendo de fome.
Escolheram o almoço, conversaram sobre coisas cotidianas, procurando se conhecer e se deliciaram com o almoço pago pelo velho. Do mais, não conversaram mais nada sobre o projeto dos dois.

[biografia] - Pingado e Sorvete












   O café com leite dançava no copo do estudante que olhava para as anotações, na qual não via nenhum sentido, eram como palavras distorcidas junto com alguns desenhos onde nada fazia sentido, olhava fixamente tentando entender a lógica daquele senhor, mas nada vinha a sua mente para que pudesse continuar a examinar o documento. De súbito levou um susto pelo toque de seu celular, derrubando o leite por toda sua roupa, praguejou até chegar ao telefone e atendeu com uma voz perceptivelmente alterada.
   - Acho que liguei em má hora – disse a voz do outro lado da linha, mas ele não reconheceu.
   - Quem é? – perguntou o estudante limpando com um pano de prato.
   - O velho que você roubou ontem!
   O garoto empalideceu, gelou, ficou sem reação, as palavras não saiam de sua boca, nem para se defender do roubo. De fato ele não roubara, o velho que esquecera suas anotações no banco, apesar disso o velho sabia e riu-se do outro lado da linha.
   - Brincadeira, deixei lá de propósito para você! – não conseguindo abafar a risada, o garoto aos poucos ia se recuperando do choque – Então, conseguiu extrair alguma coisa de minha essência com as minhas anotações? Seja sincero comigo.
   - Sinceramente não – e antes que dissesse, mas alguma coisa o velho cortou.
   - Eu sabia, as anotações vêm conforme as coisas que penso, então teoricamente, as anotações são meus pensamentos. Acho que estou caquético já.
   - Não, de forma alguma, o senhor...
   - Não tente me bajular, eu gosto, mas não o faça. Faz assim, me encontre no Le Maison, sabe o restaurante? Então, lá ao meio dia e meio e conversamos. Agora tenho terminar de escrever meu romance, cambio.
   Antes que o jovem pudesse dizer alguma coisa o velho desligou o telefone, ele se sentiu importante, tinha conseguido com que seu ídolo o ajudasse em seu TCC, um sorriso tomou conta de sua face, esquecera que sua roupava estava impregnada pelo seu café da manhã e esquecerá que estava atrasado para aula, ao notar, agiu como um louco, se trocando rápido e saindo de casa.
   

   Eram dez da manhã, há quase três horas o velho que agora caminhava solene pelas ruas do centro da cidade, havia ligado para um estudante dizendo que aceitara ajudá-lo na sua tese de conclusão de curso. Como sempre, ele observava o movimento, mas ao invés do cigarro acompanhá-lo quem o fazia desta vez era um sorvete de creme, dessa vez não havia anotações, tudo ficava na memória. De súbito parou e ficou encarando o nada durante alguns instantes, os instantes se tornaram minutos, o sorvete derreteu e se espatifou no chão, preocupada um mulher veio ao seu encontro, e tocou-lhe o braço e perguntou:
   - O senhor está bem?
Retornando lentamente do transe respondeu:
   - Não se preocupe, minha cara, foi apenas um devaneio, sempre tive isso. Obrigado, mas agora preciso ir – ele caminhou até um taxi parado ali perto e foi embora. A mulher desconcertada também seguiu o seu caminho.

Vivendo em Nárnia

Há pessoas que tem medo de suas condições, das suas relações humanas, de seu homossexualismo. Estas pessoas vivem frustradas e assim querem frustrar a vida das pessoas que não tem medo de assumir suas características fisiológicas. No próximo dia 17 de maio é comemorado o dia internacional a homofobia, ou seja, as pessoas que tem aversão a pessoas que tem preferência à pessoas do mesmo sexo. Neste dia vamos ser mais humanos, você que tem medo das conseqüências, ouse um pouco do seu espírito rebelde e saia da sua zona de segurança para viver sua vida verdadeiramente. Saia de Nárnia.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

[biografia] - Um velho na Praça

   Um velho na praça observava de um banco o movimento, as pessoas que passavam os animais domésticos, os pássaros, as crianças que brincavam e o transito na rua a poucos metros de onde estava, nada escapava daqueles olhos treinados para perceber qualquer vislumbre de humanidade, aquele homem que passara a vida a escrever os momentos imperceptível da vida cotidiana, estava ali, sozinho e desconhecido por todos, mas nada o fazia parar de admirar a vida que o rodeava. Um cigarro lhe acompanhava de vez em quando, o vício que conhecera na adolescência quando conhecera a rebeldia da juventude. 
   Apesar de em toda a sua vida mostrar o lado bom da humanidade, o lado feliz, ele já não era mais, perderá todos com que se importava, ele que desejava morrer jovem, foi o único que sobrara de sua família, dos amigos... Condenava a todos por terem o abandonado, e agora aos 93 anos esperava a morte vir lhe buscar assim como fizera aos outros. Foi absorvido dos seus pensamentos quando um jovem rapaz sentara-se ao seu lado. 
   - Dia bonito não? – começara o rapaz a puxar um assunto. 
   - Prefiro quando os dias estão nublados, odeio sol – replicou o velho. 
   - Pra quem escreve tanto sobre a vida ser maravilhosa, o senhor me parece meio decepcionado. 
   - Engano seu, eu gosto da vida, não gosto da minha apenas... E não gosto do sol – ele se vira para o garoto – e você quem é? Me admira o fato de um garoto me conhecer. 
   - O senhor é conhecido no mundo literário. Sou estudante do curso de Letras, e estou fazendo meu TCC baseado em sua vida, a relação entre seus livros e sua vida pessoal – disse o garoto abrindo um sorriso ao velho, e observando suas anotações. 
   O velho respondeu ao sorriso do estudante com outro sorriso. 
   - Que saco! Existem livros para que você possa pesquisar essas coisas. E se eu já tivesse morrido? Como você faria? Considere-me morto assim como todas as pessoas que me importava morreram. 
   - Mas senhor não existe nenhuma biografia sua que tenha sido, como posso dizer... Escrita ou supervisionada pelo senhor, me diga então qual delas é a mais verdadeira sobre sua vida? 
   - Não sei, não li nenhuma! Tenho mais o que fazer do que ler minha própria vida escrita por outros. 
   - Mas e se eles estiverem falando mal do senhor? 
   - É um direito deles. Você acha que eu vou me importar com a minha imagem a essa altura da minha vida? Quando eu era jovem eu mesmo a destruía – ele pega o celular disca um número – venha me buscar, não quero andar. 
   - O senhor vai me ignorar aqui? 
   - Uhm... – pensa alguns instantes – é, vou. 
   - Ídolos sempre nos decepcionam! 
   - Existem tantas coisas que nos decepcionam meu caro: casamento, New York, o cachorro quente da lanchonete na esquina de casa, a última maconha que fumei... – foi se levantando lentamente, e com a ajuda de uma bengala foi caminhando em direção a rua, onde seu motorista iria pegá-lo – Mas faz assim, me deixa seu telefone, não é porque hoje não estou com vontade de falar que outro dia estarei assim também. Fui claro? Não pareceu concisa essa frase. Mas você entendeu não é? – apesar de sua avançada idade ele não tinha problemas para caminhar, o garoto entregou-lhe um pedaço de papel com seu telefone. 
   - Por favor, me ligue, vai ser importante para mim. 
   O velho parou e fingiu dormir dando uma sonora roçada. 
   - Ta bom, ta bom, vou ver o que faço – o motorista encostou o carro e foi ajudar o patrão a entrar, o garoto ficou olhando seu ídolo entrar no carro. E antes que partisse o velho gritou - Espero que tenha trazido um guarda-chuva rapaz. 
   O estudante não entendeu, e esperou o carro partir, ao voltar para o banco onde os dois conversavam notou que o escritor esquecera seu bloco de anotações, ele o pegou, folheou algumas páginas, e em seguida algumas gotas começaram a pingar, uma típica chuva de verão mudara o tempo, e todos ali na praça corriam para se esconder da chuva.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Hoje acordei meio Platão



Οι ανθρώπινες δραστηριότητες είναι εγγενείς στην συναισθήματά τους

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Juventude Viada


Na década de 1990 Cássia Eller junto com Luís Melodia, escreveram a música "Juventude Transviada" naquela época os jovens eram rebeldes e se perdiam na noite como boêmios, nas drogas, no sexo. Hoje a juventude se tornou mais comportada, não se perde mais. Mal existem músicas que possam fazer essa galera pensar um pouco, sair de si...

A juventude deixou sua marca mais forte para trás, a rebeldia, e acredito que isso possa gerar um problema social/político para sociedade, porque um jovem que não viveu, que não tem experiências de vida vai se entregar ao capitalismo e sua forma cruel de denegrir o ser humano e morrer sem ter feito uma coisa notável. A vida vai massacrar estes jovens com um moinho. Então pare, pense na sua vida e tenha alguma coisa para contar depois.

Sem mais...

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O dia do amigo

"E mesmo que talvez jamais conheça você... Ria com você, chore com você... Ou beije você... Eu amo você. De todo o coração... Eu amo você."



Pra mim o dia do amigo se comemora no dia 20 de Julho, mas por alguma razão todos o estão fazendo hoje, 18 de abril, seria que por que o mundo precisa de mais amizade, de mais amor? Qual o verdadeiro sentido da amizade? Eu não sei de fato qual é o sentido, mas acredito que deveria estar relacionado em confiar no amigo, não deixar que ele faça besteiras, incentivá-lo a fazer o que é bom e desmotivá-lo a fazer o que é ruim, honrar os compromissos que tenha para com ele e não sair mudando os planos a toa por causa de affair ou mesmo promessas de uma vida melhor, pois os amigos, em tese, deveriam suprir estes sentimentos.
Será egoísmo demais? Posso não ter sido a melhor pessoa para se conviver, mas honro meus compromomissos com meus amigos e ajudo, dou conselhos... enfim... eu cumpro o que considero amizade. Então seria que a minha concepção de amizade está errada?
É fácil ser amigo quando tudo está bem, quando tudo é confortavel e rentável. O dificil é continuar da mesma forma quando qunado as coisas não está do jeito que você queria que estivesse.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Os braços de Morfeu

Cada pálpebra pesa mais de uma tonelada, o ambiente frio e fala monótona que corre em sua volta faz com que cada palavra discursada pese mais um um quilo sobre seus olhos. Não pode dormir, resista, já vai acabar, faltam apenas... um hora e meia. O tempo não passa, há séculos está ali, mas o tempo não passa. Pequenos devaneios começam, imagens começam a se formar em sua mente, as palavras em sua volta não fazem mais sentido, e de repente um solavanco, um susto, o sono ganhava a batalha. Novamente imagens... e então pra que fingir, pra que lutar? A mão serve de apoio, de travesseiro, e se entrega enfim aos braços de Morfeu.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Pássaros & Estrelas

Eu procurei textos que me inspirassem para escreve um post de aniversário para a Jéssika, mas acabei encontrando uma música que é basicamente tudo o que queria dizer, a musica Close to You.

Close To You

Why do birds suddenly appear
Every time you are near?
Just like me, they long to be
Close to you

Why do stars fall down from the sky
Every time you walk by?
Just like me, they long to be
Close to you

On the day that you were born
The angels got together
And decided to create a dream come true
So they sprinkled moon-dust
In your hair of gold
And starlight in your eyes of blue

Why do birds suddenly appear
Every time you are near?
Just like me, they long to be
Close to you

Why do stars fall down from the sky
Every time you walk by?
Just like me, they long to be
Close to you

On the day that you were born
The angels got together
And decided to create a dream come true
So they sprinkled moon-dust
In your hair of gold
And starlight in your eyes of blue

That is why all the girls in town
Follow you all around
Just like me, they long to be
Close to you
Just like me, they long to be

Wha... Close to you
Wha... Close to you
Wha... Close to you
Wha... Close to you
Perto de Você (tradução)

Por que os pássaros aparecem de repente
Cada vez que você está por perto?
Assim como eu, eles desejam estar
Perto de você

Por que as estrelas caem do céu
Cada vez que você passa?
Assim como eu, elas desejam estar
Perto de você

No dia que você nasceu
Os anjos reuniram-se
E decidiram criar um sonho realizado
Então eles borrifaram pó lunar
No seu cabelo de ouro
E luz das estrelas nos seus olhos azuis

Por que os pássaros aparecem de repente
Cada vez que você está por perto?
Assim como eu, eles desejam estar
Perto de você

Por que as estrelas caem do céu
Cada vez que você passa?
Assim como eu, elas desejam estar
Perto de você

No dia que você nasceu
Os anjos reuniram-se
E decidiram criar um sonho realizado
Então eles borrifaram pó lunar
No seu cabelo de ouro
E luz das estrelas nos seus olhos azuis

É por isso que todas as garotas na cidade
Seguem você por toda parte
Assim como eu, elas desejam estar
Perto de você
Assim como eu, elas desejam estar

(Ah, aahh, aahh) Perto de você
(Ah, aahh, aahh) Perto de você
(Ah, aahh, aahh) Perto de você
(Ah, aahh, aahh) Perto de você

Jéssika Boaventura aprova este post


sexta-feira, 1 de abril de 2011

Tic Tac Tic Tac Tic Tac

     O que você tem feito da sua vida? Tem estudado o que você não queria, trabalhado naquilo que não queria, namorado quem não queria, tudo isso porquê? Foi imposto a você? Quer viver melhor então procura oportunidades que lhe possam render algo sem ao menos gostar? Ou você simplesmente não sabe o que quer da vida e se entrega a qualquer aventura que lhe apareça? Mas você é feliz?
     Uma farsa! Se não seguir seus dons, suas vontades, seus desejos e ir atrás de status, dinheiro e reconhecimento, sem gostar do que faz, você será uma farsa, sem contar que seus objetivos fúteis dificilmente serão alcançados.
     Pense bem nos seus passos, na sua vida, porque logo ela acaba e você foi um infeliz durante toda a sua vida e não vai poder voltar no tempo.

Miniconto: Dinheiro não trás felicidade

"Um homem em Montecarlo vai ao cassino, ganha um milhão, volta para casa, suicida-se."
-Tchekov

quinta-feira, 31 de março de 2011

Coma miojo como um fodão!!!


Agradecimentos à @victornomoto
Ferva a água! Coma o miojo! Beba a aguá Fervendo! Cheire o tempero! Pegue vadias!

quarta-feira, 30 de março de 2011

A polêmica de Bolsonaro

Todos estão sabendo da polêmica das declarações do deputado Jair Bolsonaro, não?
Tudo começou com a Preta Gil, que foi convidada para fazer uma pergunta ao deputado no programa CQC, apesar dela ter feito uma pergunta coringa como “qualquer coisa que as pessoas achem importante, e ele vai responder algo padrão e tudo vai ficar bem”, porém ela consegue, com essa pergunta coringa, um fatality, sem querer. Agora o deputado está sendo caçado que nem bruxa na inquisição pela sociedade.
A pergunta da Preta Gil, foi tão inocente, tão despropositada que passou a reportagem na TV e a Preta nem sabia o que o deputado havia respondido (Tava muito interessada na resposta), assim depois que virou polemica que ela viu a reportagem e se manifestou.


Mas como o racismo é crime no Brasil, o "nosso amigo" Bolsonaro se retificou dizendo:
“Eu entendi que ela me perguntou o que eu faria se meu filho namorasse um gay (...) Se eu tivesse entendido assim (da forma como a pergunta foi feita), eu diria: 'meu filho pode namorar qualquer uma, desde que não seja uma com o teu comportamento'. Se eu fosse racista, eu não seria maluco de declarar isso numa televisão”. Realmente, porque a pergunta da Preta Gil estava super ambigua, e não, ele não é racista. #sarcasmo (Ele não quer é ser preso, capaz de não ir mesmo).
Pra não ser racista ele vira homofóbico. (Gênio)
A Preta Gil já tinha a minha admiração por seu jeito despojado, e agora depois de uma perguntinha inocente, que fez desencadear uma polêmica, volta em pauta os assuntos sobre racismo e homofobia. Quem sabe assim conseguimos um país mais justo a todos?

E vamos terminar um post com mais uma declaração linda do deputado Bolsonaro: "O dia que eu me preocupar com eleitor eu viro vaselina. Não quero me preocupar com um eleitor que quer que eu chame ele de bonitinho. Não quero voto de ignorante".
Por isso que votei na "Luciana contra a pedofilia(...) 2256"

terça-feira, 29 de março de 2011

Hoje acordei meio Sandy



"Devassa"

O Efeito Rousseau

Ao ler O Terceiro Travesseiro, de Nelson Luiz de Carvalho, acreditei cegamente na sua narrativa, o autor, que se diz apenas transcrever a história, relata detalhadamente o caso de amor entre os jovens Marcos e Renato, assim como a relação do protagonista, Marcos, com seus pais e Beatriz, esta que forma um triângulo amoroso com Marcos e Renato . Sim, o romance tem uma temática gay. Porém, ao fim do romance uma tragédia ocorre e põe um fim trágico a estória.
No século XVIII Jean-Jacques Rousseau escreve um best-seller para a época, la Nouvelle Héloïse (A Nova Heloísa), um romance episcopal, originalmente em seis volumes, que é formado por cartas e bilhetes trocados pelos amantes. A técnica que Rousseau usa neste romance é dizer que ele não o escreveu, mas que é apenas o editor, ou seja, as cartas,os personagens são reais, ele só organizou-as em formato de livros. Com isso muitos leituros acreditavam cegamente que as cartas, os personagens realmente existiram e isso fazia do romance mais próximo da realidade, fazendo com que os leitores tomassem as dores dos personagens. Alguns leitores mandavam cartas ao autor para saber onde encontrar esses personagens que mudaram suas vidas, e o mesmo aconteceu aos leitores de O Terceiro Travesseiro.
Vemos então que Nelson Luiz de Carvalho utiliza os mesmo elementos que Rousseau utilizou em A Nova Heloísa, o amor dos personagens impregna nossa alma, deixando-os inesquecíveis, e por isso queremos acreditar que são reais, que o amor existe e que pode estar presente na nossa vida assim como no romance.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Pré-conceito



Não tem pé
Não tem cabeça
Não tem razão
Não tem diferença
Não tem fé
Não tem crença
Não obedece
Não há quem obedeça

Não tem gênero
Não tem origem
Não se esquivam
Só colidem
Não tem medo
Nem o que o aflige
Não toleram
Apenas exige.


sexta-feira, 25 de março de 2011

Periplaneta americana


A vida universitária de Caio não era o que ele esperava, sua faculdade em outro estado ficava longe de casa, e sua nova morada, um pequeno kit net no subúrbio da cidade, num prédio velho onde se freqüentava os mais variados tipos de pessoas, jogadores, prostitutas, drogados. A escória da cidade residia em toda aquela região.
Devido sua origem humilde e a um anuncio de moradia mentiroso, teve que ficar por lá mesmo, cárcere de um contrato de um ano, no qual não podia pagar a multa para deixar o local e continuar seu curso.
De fato ele não estava feliz, a faculdade consumia suas forças, andava sempre cansado e para ajudar estava com insônia a mais de duas semanas. Estava cansado, sua forma raquítica e suas profundas olheiras lhe davam a aparência de carcaça, de que um dia pertenceu a um ser humano.
Ao chegar tarde da noite em casa, jogava todas as suas coisas para o lado, visto que arrumar a casa não adiantaria muito vivendo a meio daquele ambiente pútrido, se deitava esperando que essa noite pudesse dormir. De fato o sono veio, mas antes que pudesse adormecer, sentiu que alguém acariciava seu rosto, mas ao abrir os olhos viu que era uma grande barata. Um grito ecoou pelo kitnet, seguido de um pulo.
- Eu odeio este lugar, eu quero ir embora daqui – esbravejou.
Correu ao banheiro abriu a torneira da pia e esperou até que a água negra parasse de cair e lavou seu rosto abundantemente como se a barata tivesse impregnado em sua pele. O resto da noite passou em claro, lendo seus livros e estudando.

--||--

No dia seguinte, durante suas aulas, tinha impressão que a barata passava em seu rosto a todo o instante,além do sono e as aulas que exigiam toda sua atenção agora havia o pavor da presença do inseto.
Ao fim do dia, sua aula não rendeu, seu dia não rendeu e ele notava que sua vida estava ruindo desde que saiu de casa. Chegando em casa se deparou novamente com a barata que estava sob a pia da cozinha, que ficava praticamente ao lado de sua cama, sem pensar, não lembrando de seu medo, de seu nojo do inseto lhe deu um tapa com toda a força que podia, fazendo até que ressoasse um estalo ao matar a barata. Na pia sobrou apenas um corpo marrom esmagado da barata e em suas mãos a entranha branca característica deste tipo de inseto e uma pata. Novamente veio o nojo, e lá foi ele novamente para a pia do banheiro lavar mão. Pelo menos agora, tinha um problema a menos para se preocupar.
À noite, depois de terminar um relatório, deitou em sua cama e como não fazia há tempos, dormiu.
Ao acordar no dia seguinte estava descansado, com as energias repostas, há tempos não se sentia assim, era como se fosse uma nova pessoa. Na faculdade houve um rendimento considerável em relação aos dias anteriores e isso se estendeu por vários dias, pela primeira vez, desde que pisara naquela faculdade ele era notado e até sua moradia se tornou um lugar mais aconchegante.

--||--

Depois de algumas semanas viu que não era apenas sua vida social e universitária que havia mudado, ele se sentia estranho. Numa noite antes de dormir notou algo sua mão direita tinha uma ferida já seca, uma casquinha marrom, ele a retirou com a unha que saiu facilmente, não se importou, para ele era apenas sujeira e dormiu. Ao acordar no dia seguinte notou que sua mão continha novamente a casquinha marrom, mas dessa vez maior, ele a retirou novamente, e saiu para a faculdade.
Com o passar do tempo notou que a casca marrom sempre aparecia em sua mão e cada vez maior, estava também vendo mais baratas pelo seu caminho do que o normal, era como que ao matar aquela barata em seu apartamento tivesse mudado em sua vida, de fato mudou, mas não sabia o que. Algo o preocupava, em seu âmago, tinha um pressentimento ruim, mas não sabia explicar e não sabia o que fazer.
Certo dia ao acordar em seu kit net, que estava cada vez mais pútrido devido ao seu próprio comportamento, se viu cercado de baratas, ele ficou estático, com medo e ao olhar para seu braço direito viu que estava todo coberto por aquela estranha casca marrom, tirou a camiseta e notou que ela tomava conta de seu peito. Alguém começou a bater na porta fortemente, se cobriu com uma tolha e foi atender, um homem magro de abatido estava ali em pé, respirando fundo.
- Tem pó? - foi a única coisa que disse. Num momento repentino e impensado de desespero, puxou o homem para dentro de apartamento e o jogou no chão fazendo assim com que todas baratas espalhadas sobre o apartamento atacassem o homem, que num urro seco e abafado perdeu sua vida.
O medo tomou conta dele que fugiu correndo de casa sem rumo pelos corredores do condomínio, os vizinhos olhavam espantados para o garoto que tinha um braço de barata, na rua foi abordado por policiais.
“Alguém os chamou, alguém deve te ouvido os gritos” pensou.
Com armas apontadas a sua cabeça foi declarada a voz de prisão, ao algemá-lo os policiais pareceram nem se importar com seu braço-barata, ele foi levado de volta ao seu apartamento para que pudessem comprovar o crime cometido por Caio, e chegando lá estava um corpo jogado com uma chave de fenda fincada no peito.
- Eu não fiz isso! – tentou argumentar – Foram as baratas – mesmo sabendo que era impossível as baratas terem fincado a chave no peito do homem queria provar sua inocência, mas será que era mesmo inocente? Sua sanidade estava em xeque, ele tinha dúvidas se aquilo era real, sonho ou alucinação.
- Você foi preso em flagrante, acusado de homicídio doloso... – diziam os policiais, mas ele desistiu, não queria mais ouvir, apenas baixou a cabeça e se deparou com seu braço direito que estava normal. Agora era fato tinha perdido a lucidez depois de algum tempo convivendo num lugar podre em que não estava acostumado, ele se rendeu a sua insignificância, sabia que cometera o crime e nem prestou atenção no resto do discurso policial.
Ao chegar à delegacia foi colocado sozinho numa sala antes que fosse transferido para uma cela.Ficou lá sozinho, com medo, pensava no que havia acontecido e não acreditava, mirou para um pequeno espelho que havia sala, e no lugar de seu rosto viu uma grande barata, ao olhar para seus braços viu que eram grandes patas, assim como suas pernas . Se desesperou e gritou.
- O que está acontecendo aqui? – disse um policial corpulento e careca que entrou na sala, pisou em algo chamou sua atenção – Droga! Que barata enorme – disse olhando para a sola de seu coturno a barata esmagada. Notou, porém, que não havia ninguém na sala, rapidamente pegou seu rádio e anunciou:
- O suspeito fugiu!

Para o Apolônio