terça-feira, 20 de abril de 2010

Perplexa

O vento frio cortava a pele de um pobre senhora sentada embaixo de um viaduto tentando se esconder do frio, desde que perderá tudo na vida vivia a custas de doações e restos, seu pulmão enegrecido com anos de tabagismo fazia com que sua respiração fosse fraca e demorada, carros passavam na rua de vidros fechados, outras pessoas passavam a pé usando agasalhos grossos e quentes e aquela velha senhora disponha apenas de uma mantinha que carregava com ela a pelo menos nove anos, e não tinha forças nem para levantar o braço para pedir sua custumeira esmola, a fome lhe corroia.


A mendiga, nem sempre vivera dessa forma, tinha uma vida confortável, mas o destino fez com que ela perdesse tudo. Tudo começou quando sua filha morreu em um acidente de carro, junto com seu genro e seu netinho de dois anos, o marido depois deste acidente sucumbiu a bebida, o alcoolismo fazia com que se tornasse violento e em uma de suas loucuras incendiou a casa em que moravam morrendo carbonizado junto com a casa, a mulher depois disso, não tinha mais forças para nada e ficou vagando pelas ruas sem rumo, não tinha mais parentes ou amigos, era um simples dona de casa ensinada a ser submissa ao marido, não arrumou mais nenhum homem para sua vida, era apenas uma mulher triste e sozinha.
Encolhida em seu canto, com a manta cobrindo todo oseu corpo foi supreendida com uma voz familiar que chamou a sua atenção, ao mesmo tempo alguém tentava tirar aquela manta em torno do seu corpo.
- Ei você vai ficar bem estou aqui para lhe ajudar - dizia a voz, e ao ser descoberta contra gosto, notou que não havia mais friio a temperatura estava amena, e voz que lhe chamava pertencia a sua filha que agora sorria para a mãe. Quem puxara sua manta foi o dono da mesma, seu neto, que abraçava a avó. O genro estava a poucos metros olhando, sorrindo e acenando.
- Eu morri? - perguntou a mendiga a sua filha.
- Apenas descanse que eu vou cuidar de você. Feche os olhos e durma, amanhã tudo estará bem.
Na manhã seguinte a mendiga acordou limpa e satisfeita num quarto branco e com outras pessoas a sua volta, pessoas desconhecidas, quando seus olhos se acustumaram com o ambiente viu que o lugar não era tão limpo assim e tinha um cherio desagravel.
- É vovó... - disse um enfermeiro negro que viera cuidar dela - Você quase partiu dessa para melhor essa noite, ainda bem que estavamos aqui para ajudar - a mulher caiu em prantos, com seu choro silencioso. O que ela mais queria era ter partido, assim estaria com seus entes queridos que haviam lhe abandonado.

Um comentário:

squilljv disse...

ai que triste!! demora 100 anos pra postar uma coisa dessas!!e eles nao a abandonaram , morreram =/ acha que eles queriam?