O pior é pensar que eu sabia disso desde o começo,
e fui me afundando cada vez mais.
Ela caía aos prantos enquanto minhas mãos não podiam mais alcança-lá.
Aquilo não era o que eu queria,
e ela sabia.
No fundo ela via isso nos meus olhos,
o tempo todo, e queria muito que eu parasse com aquela dor,
e que aquilo tudo não passasse de um sonho ruim.
Ainda me lembro,
o sol da tarde refletia nas lágrimas que desciam,
e perguntava insistentemente se o meu sentimento não era mais o mesmo.
Da minha boca, obteve silêncio, e mais uma vez me calei.
Aquilo não era o que eu queria.
Eu só queria abraçá-la e dizer que eu estava mentindo,
que era brincadeira, uma brincadeira de muito mal gosto,
e ficar por perto.
Quando dei por mim já estava de pé,
e as palavras saíram da minha boca,
mais velozes que meus pensamentos.
Então acho que é isso. Até mais.
Acho que você quer dizer adeus...
Até mais, e um sorriso, sorriso de culpa. Me abraça?!
Não faz isso, lágrimas escorriam.
Por favor. Vontade de gritar eu te amo.
Agarro-a e abraço, bem forte, ela chora, mas me abraça.
Saio andando pela rua, ela corre e grita.
Posso te ligar?
Claro, estarei sempre por aqui.
Ela sorri, ah como adorava ver aquele sorriso.
Ela nunca me ligou.
Tudo bem.
Estraguei tudo.