sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Claquete!

Naquela tarde trocava meus olhos por restos de comida ruim.
O pior é pensar que eu sabia disso desde o começo,
e fui me afundando cada vez mais.
Ela caía aos prantos enquanto minhas mãos não podiam mais alcança-lá.
Aquilo não era o que eu queria,
e ela sabia.
No fundo ela via isso nos meus olhos,
o tempo todo, e queria muito que eu parasse com aquela dor,
e que aquilo tudo não passasse de um sonho ruim.
Ainda me lembro,
o sol da tarde refletia nas lágrimas que desciam,
e perguntava insistentemente se o meu sentimento não era mais o mesmo.
Da minha boca, obteve silêncio, e mais uma vez me calei.
Aquilo não era o que eu queria.
Eu só queria abraçá-la e dizer que eu estava mentindo,
que era brincadeira, uma brincadeira de muito mal gosto,
e ficar por perto.
Quando dei por mim já estava de pé,
e as palavras saíram da minha boca,
mais velozes que meus pensamentos.
Então acho que é isso. Até mais.
Acho que você quer dizer adeus...
Até mais, e um sorriso, sorriso de culpa. Me abraça?!
Não faz isso, lágrimas escorriam.
Por favor. Vontade de gritar eu te amo.
Agarro-a e abraço, bem forte, ela chora, mas me abraça.
Saio andando pela rua, ela corre e grita.
Posso te ligar?
Claro, estarei sempre por aqui.
Ela sorri, ah como adorava ver aquele sorriso.
Ela nunca me ligou.
Tudo bem.
Estraguei tudo.

Post escrito pelo meu amigo Rafael "Kimu"

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