segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Um tiro na garganta

Não havia mais nada o que fazer. Havia poucos segundos de vida, e ele estava sozinho no escuro em uma viela no centro da cidade. Ao longe ouvia-se o som de carros, polícia ambulância, pessoas, música, mas ninguém podia ouvir um pobre homem jogado na rua.
Um liquido quente banhava seu corpo limpo e bem vestido, não havia como falar, gritar ou fazer qualquer tipo de som. Não havia como salvar sua vida, e ele sabia, mas não imaginava que sua vida se resumiria a corpo jogado numa viela escura sangrando, sem os sonhos que tivera, sem seus planos, sem nada...
Sua vida se reduzira a nada, e nada também se tornava seu corpo quando seu sangue não poderia mais passar pelo seu corpo e lhe dar vida, seus sentidos foram caindo e aos desapareceu. E ele passou a ser apenas um corpo com um tiro na garganta.

Um comentário:

Luiza Ohana Bravo disse...

Lindamente trágico!!! do jeito q eu gosto!!! *-*