sábado, 11 de abril de 2009

Monólogo Conde Rochester

Permitam-me que seja franco antes de começar...

Não vão gostar de mim. Os cavalheiros sentirão inveja e as damas,repulsa. Não vão gostar de mim agora e muito menos com o decorrer da estória. Damas,um aviso. Estou disponível .Sempre. Não é uma questão de orgulho ou opinião. É uma constatação médica. Digo-o de forma categórica. E irão vê-lo de forma inequívoca .Não é uma posição confortável a vossa, é melhor observar e tirar as vossas conclusões de forma distanciada, ao invés de o fazerem vendo-me envolvido com vossas mulheres. Cavalheiros, não desesperem. Também estou disposto a isso. E portanto,o mesmo aviso se aplica a vós. Controlem as vossas ereções atéque eu tenha uma última palavra, mas quando tiverem sexo, e terão sexo, estou certo que o farão, saberei se me desapontaram. Desejo que façam sexo enquanto vos observo e ridicularizo os vossos genitais. Sintam...Como eu senti, como eu me sinto. E pensem... Seria este arrepio o mesmo que ele sentiu? Será que sentiu algo de mais profundo? Ou existe um muro de infelecidade em que todos chocamos com as cabeças nesses pequenos momentos eternos? É tudo. Este foi o meu monólogo. Sem rima. Nenhuma afirmação de modéstia .Não esperavam isso, penso eu. Chamo-me John Wilmont. Segundo Conde de Rochester.

E não quero que gostem de mim.


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