As cinzas caiam solenes e ingratas do céu, invadiam casas, terrenos, parques, praças, ruas e avenidas. A maioria das pessoas não sabiam do que se tratava, pensavam ser mais uma queimada de mata onde eram comum nesta época do ano. Meu lar estava espalhado pela cidade, levado pelo vento que outrora me trouxe a felicidade.
O vento certa vez vem um chapéu vir ao encontro de meu rosto. A dona do chapéu viria a ser minha esposa, nos apaixonamos a primeira vista. O casamento não demorou a acontecer e ela estava grávida do meu primeiro filho quando a casa explodiu e foi consumida pelas chamas. O vento espalhava a felicidade que um dia me trouxe, e eu não podia fazer para segurá-lo. A não ser, ser consumido pela dor da perda, pela perda da força e desmaiar esperando que tudo não passe de um sonho.
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