segunda-feira, 7 de março de 2011

Desamor


O amor é o combustível da vida, mas a rejeição do amor é o combustível das mais belas obras literárias, podemos então concluir que o "desamor" é o combustível para a escrita e outras forma de arte.
Mas porque? Por que este neologismo inspira as pessoas? Por que o sofrimento desencadeia tanta inspiração? Será que o ser humano, para preencher este vazio se defende do mesmo com a imaginação. Essa imaginação que sonhou um dia com o amor perfeito mas que acabou em ruínas... e com um toque especial, pode se tornar numa grande obra. Ou não.
Dessa forma o amor utópico se engrandece devido ao desafeto da outra parte, então para tornar a utopia real, nada melhor do escrever sobre ela. Na escrita, a utopia deixa ser irreal, porque ao ler sua mente pode fazer com que aquilo se torne real, nem que seja na sua imaginação, mas está lá, a idéia que pode ser degustada por qualquer um, e não é apenas nos romances que ocorrem este tipo de coisa, Karl Marx fez isso com o comunismo, que até hoje ninguém conseguiu pratica-lo de forma correta.
O desamor é em sua forma mais singela o segredo para os grandes dramas e romances, um combustível, a vida que pode ser facilmente transposta em palavras .

Desculpem-me se não está conciso, 5 dias escrevendo e não consegui deixar de um jeito que me agradece.

Um comentário:

Nath [aya] disse...

com sinceridade? nada sei.
quanto mais penso, quanto mais escrevo e quanto mais pareço estar certa de alguma coisa, mais me perco.

tudo que sei é que o desamor é um hábito. de nós e para nós.

"há tempos que o encanto está ausente, e há ferrugem nos sorrisos e só o acaso estende os braços a quem procurar abrigo..."